Romance no frio
Dário, não sabe da dureza da vida, ou talvez não haja tal crueldade. Tudo se ultrapassa com união, não há pobreza quando se serram as fileiras, esse é o segredo das vitórias na vida, quando se quer, tudo se tem, não tem nada que saber é só agarrar a vida, com força com garra e com ritmo, em moleza vem a pobreza. Não faz assim tanta mossa quando se cria uma cerca bem redondinha, onde os lassos de amor fiam mais fortes, cerram quando é preciso fechar o cerco às contrariedades.
As casas denunciam as carências, mas há sempre a mão que não verga e vão-se melhorando as coisas. As ambições injectam a vontade de ver tudo o que vai aparecendo. A toda a hora tudo vai mudando, alisando, houve há poucos dias o Tratado de Lisboa. Quem não percebeu todo o movimento, é só simples, vinte e sete Países deram mais um passo para estes Países serem todos irmãos, fazerem um todo, unidos e solidários, guerra como noutros tempos não, essa é a intenção e uns exemplos aos outros todos que ainda andam a carpir ódios e vinganças. Devagar chega-se lá.
Marta, sabe da vida, e quer mais desta, dos encantos das dores, sim porque as dores também fazem falta, para caldear as coisas, o bem o mal, a decência a nobreza etc. Cada dia há diferenças, coisas nem pensadas e elas aparecem, com luta sim, e o mistério do que por vezes vai aparecendo e também o reverso da medalha, coisas dolorosas que a Marta sabe dar a volta, com mais ou menos peso ou pesadelo. Esse também tem de ser vergado ao sabor da luta nunca negada, queixinhas não. Para quê se ela a vida encarrega-se de desdramatizar algum entrave. Não é sempre assim.
Ainda a Marta, adora escrever no “Laptop” com cara mais sofisticada o Windows Vista, no qual se lançam estas letras abstractas, onde nos encanta a qualidade trabalhada neste companheiro desconhecido, faz-nos rir a sua sofisticação, são essas as nossas caridosas letrinhas que vão obedecendo aos nossos dedos e às nossas escritas, mais ou menos à altura da obra em curso. Sem queixumes, quando o usuário não esteja à altura do objectivo.
Mal e em luta muito desigual estão os refugiados que procuram às cegas um trabalho na Europa, essa mesmo que falei no início deste impagável Romance ao vivo, cruzaram o mar, querem melhorar as suas vidas na Europa, essa que falamos, chegaram, já se sentem melhor, eles quiseram mudar e têm de vencer. Sentir-se-ão ao pensar em Marrocos e um dia sentirão que valeu a pena, vale sempre a pena quando a alma não é pequena.
Segue-se o próximo episódio.
Eduardo Moreira
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